Ao comentar a entrevista da
presidente Dilma Rousseff a jornalistas da mídia impressa no Palácio do
Planalto no final da semana, o candidato derrotado do PSDB à
presidência, Aécio Neves, diz que 'a candidata Dilma estaria
envergonhada da presidente Dilma'. Isso por ter aumentado os juros –
depois de ter dito na campanha que isso era 'tirar comida da mesa dos
pobres' – admitido inflação e se preparar para revisar a meta do
superávit fiscal, além do resultado ruim nas contas públicas.
'Estamos assistindo ao
maior estelionato eleitoral da História', afirma, em entrevista
concedida ao jornal O Globo. O próximo mandato, segundo ele, 'já começa
envelhecido'. 'A presidente não se acha no dever de sequer sinalizar
como será a política econômica'. O senador tucano conta colocar a cabeça
no travesseiro e dormir com a 'consciência tranquila', depois de ter
feito uma campanha 'falando a verdade'. 'Não sei se a candidata eleita
pode fazer o mesmo', acrescentou.
Segundo ele, 'a oposição
sai extremamente revigorada da eleição' e, pela primeira vez, está
'conectada com a sociedade', afirma. Aécio anuncia a criação de dez
grupos, de dez áreas específicas, 'para acompanhar as ações do governo.
Comparar compromissos da campanha com o que acontece em cada área'.
Sobre a CPI da Petrobras, garante que irá 'às últimas consequências
nessas investigações' e afirma que, 'se alguém pensou em algum acordo, e
no caso do deputado Carlos Sampaio ele foi ingenuamente levado a isso,
será corrigido'.
Questionado sobre as
eleições de 2018, ressalta não ter 'obsessão' em ser candidato. Após a
derrota de Aécio, o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
começou a ser cotado no partido como futuro presidenciável. 'Antecipar
uma divisão no PSDB hoje é uma bobagem. Não tenho obsessão em ser
candidato a presidente (...). Lá na frente, o candidato será aquele que
tiver melhores condições de vencer', diz (.Do portal Minas 247) |