Após Aécio Neves e Eduardo
Campos, nesta segunda-feira 18 foi a vez da presidente Dilma Rousseff
dar entrevista ao Jornal Nacional, principal informativo da Rede Globo.
Ao contrário do tom respeitoso das perguntas feitas nas entrevistas
anteriores, desta vez elas foram longa e em tom desafiador:
- Qual a dificuldade de formar uma equipe de governo com gente honesta?, perguntou Bonner.
- Fomos o governo que mais
estruturou o combate à corrupção e aos mal feitos, respondeu Dilma.
'Nenhum procurador geral da República foi chamado no meu governo de
engavetador geral da República', acrescentou.
William Bonner insistiu no tema da corrupção, usando ênfase sobre Dilma:
- Um grupo de elite do seu
partido foi condenado por corrupção, são corruptos, mas o seu partido
protegeu essas pessoas. O que a sra. acha da postura do PT?, disse ele.
Dilma não respondeu diretamente, optando por lembrar sua posição institucional:
- Enquanto eu for
presidente da República, não externarei opinião pessoal sobre decisões
do Supremo Tribunal Federal. Eu tenho a minha opinião, mas não vou
externá-la.
Patrícia perguntou sobre saúde, mas Dilma afirmou que seu governo leva assistência de saúde a 50 milhões de pessoas.
Bonner atacou de novo:
- A sra. considera justo
culpar ora a crise econômica internacional, ora os pessimistas pelo
baixíssimo crescimento da economia brasileira, com inflação alta?
- A inflação cai desde
abril e, agora, atinge zero por cento. Por outro lado, todos os lados
antecedentes ao segundo semestre mostram que haverá crescimento frente
ao primeiro semestre.
Bonner não pareceu
satisfeito com a resposta, mas em razão do tamanho das perguntas,
especialmente, viu que o tempo de 15 minutos estava estourando:
- Eu vou garantir um minuto para a sra. encerrar.