Razões da reação de Dilma
O
PT e os aliados de Dilma festejaram, ontem, o crescimento de três
pontos percentuais na pesquisa do Ibope, onde aparece com 40%, Aécio
Neves com 20% e Eduardo Campos 11%, cenário que garantiria sua reeleição
no primeiro turno.
Os
principais fatores que contribuíram para reverter à onda de queda
foram, pela ordem, o programa nacional do PT em rede de TV e rádio, o
pronunciamento dela, também em rede nacional, no Dia do Trabalhador, e,
por fim, a sua forte inserção na mídia em razão das suas andanças pelo
País.
Dilma,
entretanto, se recuperou dentro da margem de erro e não está numa
posição confortável para liquidar a fatura logo no primeiro turno. Outro
dado preocupante para a presidente é a baixa avaliação positiva do seu
Governo. Quase metade dos brasileiros – 48% - rejeita a sua gestão.
Para
quem tenta um novo mandato o indicativo é mais do que preocupante,
porque quem disputa uma reeleição, na verdade, passa por uma eleição
plebiscitária. Dilma também foi a que menos cresceu na pesquisa.
Enquanto Aécio subiu sete pontos e Eduardo cinco, a presidente cresceu
apenas três, dentro da margem de erro, vale a ressalva.
Diferentemente
dos seus adversários, Dilma tem pela frente o desafio de fazer uma Copa
do Mundo sem problemas, sem conflitos de rua, sem violência e, mais do
que isso, torcer para tudo dar certo, inclusive o desempenho do Brasil.
Uma
vitória da seleção levantaria o astral dos brasileiros, mudaria o humor
da população, fatores que, pesando eleitoralmente, só beneficiaria a
presidente.