O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reforçou nesta sexta-feira
(30) que as forças policiais brasileiras deverão ter uma postura firme
durante a Copa do Mundo e que não aceitará nenhuma forma de abuso nas
manifestações. A declaração foi dada na cerimônia de inauguração do
Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICR) do Ceará, em
Brasília. Cardozo lembrou que, pela primeira vez na história, todas as
forças de segurança - Polícias Federal e estaduais, Exército e
Ministério Público - vão atuar conjuntamente. "Se alguém tem dúvida de
que a Copa do Mundo deixará para os brasileiros algum resultado, basta
ver este centro de comando e controle. Na verdade, nunca houve
integração entre as polícias, a Copa do Mundo está oferecendo a condição
para isso." Segundo o ministro, o plano de segurança para o Mundial
permanece o mesmo, mas o governo federal poderá reforçar o efetivo no
Estados. "Ele (o plano) segue intocado em todos os pilares. O que
oferecemos foi uma complementação aos governadores por meio das Forças
Armadas. A decisão caberá a eles, os Estados são autônomos para decidir
essa questão." Com relação a série de manifestações indígenas em
Brasília ao longo da semana, Cardozo foi enfático: "O ministério tem uma
postura clara, queremos dialogar e negociar. O problema é que alguns
radicais não querem isso", afirmou. "Sempre tem alguém que quer
incendiar, apagar a fogueira com querosene. Preferem ir à Justiça,
esperar 30 ou 40 anos pela decisão sobre a propriedade de terras",
criticou o ministro.