quinta-feira, 13 de março de 2014

EDITORIAL: QUEM É O PAPA?


Caros amigos
Há muito não via uma tomada de posição tão incisiva quanto esta.
Pena que não tenha sido publicada, nem tenha recebido a divulgação que merece.
Deveríamos, como cristãos de qualquer denominação, fazer que ela seja divulgada, quem sabe até sob forma de folhetim distribuído na entrada das igrejas e templos.
Não ocorrendo, façamos, pelo menos, como a andorinha da história do incêndio florestal, a nossa parte: divulguemos.



Merece ser lida.
Entrevista ou, melhor dizendo, tentativa de fazer o Cardeal Bergoglio entrar numa saia justa. Circulou a transcrição de uma entrevista feita com o atual
Papa quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Mathews da MSNBC, mas Bergolio
encurralou Mathews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar, porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Mathews arquivou o vídeo.
Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor. O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza.A entrevista começou quando o jornalista socialista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo. O Cardeal respondeu:
 
- Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes. E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso ninguém questiona. Eu me esforço para lutar contra esta pobreza.
A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema.  Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo as conduza a esse estado lastimável.

Mathews ofendido pergunta:
- O senhor culpa o governo?

O Cardeal responde:
- Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta sua ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas?

- Replica Mathews:
Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um Cardeal.

O Cardeal responde:
- As pessoas dominadas pelos socialistas precisam saber que não têm que ser pobres.

Ataca Mathews:
- E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?

O Cardeal responde:
- O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada. Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?

Acusa  Mathews:
- O senhor é um capitalista.

O Cardeal responde:
- Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?

Mathews:
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?

O Cardeal:
- Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos.
O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo.

- Suas idéias são radicais, diz o jornalista.

O Cardeal:
- Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até 
que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo?

Mathews diz:
- Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento.

O cardeal respondeu:
- Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a sua política. O estado interventor retira da sociedade a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e veem os pobres como um problema de governo. Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos permanentemente e agora são propriedade dos políticos.
E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em 
seguida, vota em quem os afundou na pobreza. 
(Colaboração  de  Geraldo Francisco  de  Lima)