terça-feira, 11 de março de 2014

Bancada do PMDB aprova moção de apoio a Cunha



A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, no início da tarde desta terça-feira (11), uma moção de apoio ao líder do partido na Casa, Eduardo Cunha (RJ). Em evidente resposta à tentativa do Palácio do Planalto de isolar o deputado, mais de 50 peemedebistas avalizaram o texto que qualifica os ataques a Cunha como se fossem ao partido.

"Os ataques ao nosso líder são ataques ao PMDB. A bancada manifesta sua solidariedade ao deputado Eduardo Cunha e reafirma a confiança nele depositada", diz o texto.

Na nota, os peemedebistas afirmam ainda que a "harmonia e coesão” da bancada “incomodam outras forças políticas que flertam com projeto hegemônico de poder". Segundo eles, essas forças políticas "têm tributado ao nosso líder [...] ataques e agressões que extrapolam o patamar da civilidade em quaisquer das relações, e, particularmente, nas relações políticas onde o respeito e a cordialidade são fundamentais e imprescindíveis à democracia”.

Ao chegar nesta tarde na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que está mantido como primeiro item da pauta de hoje o requerimento de criação da CPI para investigar as denúncias contra a Petrobras. “Essa pauta já é de quinze dias atrás. É o primeiro item da pauta de hoje”, afirmou Alves.

Indagado sobre a tentativa do governo ou até do PMDB de isolar o líder do partido Eduardo Cunha, Henrique Alves disse: “Não é possível isolar o líder de uma bancada de 76 deputados. Pode haver, às vezes, dificuldade. Mas isso não passa pela cabeça do PMDB”.

Alves também comentou a frase da presidente Dilma Rousseff (PT) de que a relação com o PMDB "só dá alegrias": “A relação é sim alegre. É lógico que em um governo desse tamanho e numa relação entre dois partidos tão grandes há problemas. Mas a relação com ela [Dilma] está boa”.