O empresário Francisco de Assis Lima, conhecido como “Barateiro”, foi
condenado a 17 anos de reclusão pela morte do auditor fiscal José
Raimundo Aras, em 1996. Assis Lima é o segundo réu condenado pelo
Tribunal do Júri de Petrolina, em Pernambuco, pela morte de Aras. Em
novembro do ano passado, o pistoleiro Carlos Robério, que disparou seis
tiros a queima roupa contra o auditor fiscal, foi condenado a 18 anos de
reclusão. O réu Carlos Alberto da Silva Campos foi absolvido pelo júri.
O último denunciado, apontado como mandante do crime, Alcides Alves de
Souza, será julgado no próximo dia 24 de maio. O homicídio acontece há
17 anos, quando o José Raimundo Aras, pai do procurador da República,
Vladimir Aras, investigava um esquema de sonegação de impostos entre
Bahia e Pernambuco. O esquema ficou conhecido como “Máfia do Açúcar”. Os
júris só aconteceram depois que o ex-deputado federal Roque Aras, irmão
da vítima, apresentou uma representação por excesso de prazo ao
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), contra a Justiça de Pernambuco. Na
terça-feira (7), a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (CTJ) negou
seguimento ao recurso especial apresentado pela defesa para impedir a
sessão do júri.