As bancadas do PSDB e do DEM iniciaram nesta terça-feira (4) a coleta de
assinaturas para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
encarregada de aprofundar as investigações sobre o esquema de venda de
pareceres técnicos em órgãos públicos. Chamada de CPI da Rosemary, por
ter na ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo,
Rosemary Nóvoa de Noronha, a principal facilitadora do esquema, a
comissão de senadores tentará apurar a participação de antigos e atuais
aliados do governo, além dos que foram identificados pela Polícia
Federal. O líder tucano, senador Álvaro Dias (PR), lembrou que a Polícia
Federal não quebrou o sigilo telefônico de Rosemary, ao contrário do
que ocorreu com os demais envolvidos. "A intercepção telefônica é um
ritual de qualquer investigação policial e os telefones de uma peça
essencial da quadrilha (Rosemary) não foram interceptados", criticou,
segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O senador também
ressaltou que é notória a relação de Rosemary com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e reiterou as dificuldades enfrentadas ao conduzir
uma CPI contra a maioria de senadores aliados do governo.