A conta de luz dos brasileiros cairá 16,7%, na média, em 2013. O valor é
abaixo da promessa feita pela presidente Dilma Rousseff, diante da
adesão parcial de empresas elétricas à renovação antecipada e
condicionada de concessões do setor. O revés ao plano do governo federal
veio das estatais estaduais Cesp, Cemig e Copel, que optaram por não
prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela
União, que prevê redução em torno de 70% da tarifa. Sem a adesão das
elétricas estatais de São Paulo, Minas Gerais e Paraná – administrados
pelo PSDB, principal partido da oposição ao governo federal – a redução
na conta de luz será inferior aos 20% anunciados por Dilma em meados de
setembro. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia,
Márcio Zimmermann, disse em entrevista coletiva nesta terça-feira (4)
que a opção de Cesp, Cemig e Copel penaliza também a população desses
Estados, e que as companhias olharam apenas para o curto prazo. Já o
secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, negou que exista guerra
do governo paulista com o federal e afirmou que a Cesp tomou uma
decisão empresarial. Cemig e Copel prorrogaram os contratos de
transmissão de energia. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse que a queda na conta de energia
elétrica de 16,7% será sentida pelos consumidores em março do ano que
vem.