quinta-feira, 11 de outubro de 2012

STF: Novos presidente e vice – a água e o óleo


 
Joaquim Barbosa foi eleito ontem presidente do STF. Relator do processo do mensalão, ele foi escolhido por ser o mais antigo ministro em atividade que ainda não presidiu o tribunal. O primeiro negro a ocupar o mais alto posto do Poder Judiciário assumirá o cargo em novembro.
A partir de 18 de novembro, Joaquim Barbosa será  presidente e do STF.Foi eleito  nessa quarta (10) em votação simbólica e secreta. Prevaleceu a praxe.
Por essa praxe, vão às principais poltronas do Supremo os ministros mais antigos que ainda não exerceram funções de comando. Daí o caráter simbólico da votação. Dos dez votos disponíveis, Barbosa e Lewandowski obtiveram nove.
De engraxate a presidente do STF
Barbosa chegará ao comando do Supremo celebrado como herói por sua atuação implacável contra os réus do mensalão. Nas redes sociais, ora sua imagem é associada a Batman, ora a Superman.
Seu vice, no STF, será Ricardo Lewandowski.
Ricardo Lewandowski, assim como Joaquim Barbosa, foi indicado ao STF pelo então presidente Lula, a pedido da primeira-dama, Marisa. Ocorre, porém, que os dois parecem ter visão distinta a respeito da postura necessária ante esse fator: Lewandowski está sempre atenuando suas críticas quando estas podem atingir o ex-presidente ou gente intimamente ligada a este. Barbosa parece não estar se importando muito com isso.
No curso do julgamento do mensalão, o relator Barbosa e o revisor Lewandowski protagonizaram rififis homéricos. Divergiram às turras, sob os holofotes da TV Justiça. Quer dizer: ou estreitam a inimizade ou avizinha-se uma coabitação turbulenta.
Desafinado
Único (além do ex-advogado do petista ministro Dias Tofoli) a  absolver o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ministro-revisor, Ricardo Lewandowski, afirmou que votou por sua consciência.
Após a sessão de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), o revisor disse que não se sentiu constrangido com os questionamentos de quatro de seus colegas, que o interpelaram enquanto ele votava. “Votei de acordo com minha consciência e com meu compromisso com a Constituição.