A movimentação do grupo do PSB cearense para emplacar o ex-ministro Ciro Gomes no primeiro escalão do governo Dilma Rousseff já provocou a primeira reação: o PMDB veta a volta de Ciro para um cargo de visibilidade.
O nome dele vem sendo citado nos últimos dias para o Ministério de Ciência e Tecnologia, no lugar do ministro Aloizio Mercadante, que será deslocado para a Educação. O PT também disputa o cargo.
Para a cúpula peemedebista, se Dilma decidir pelo retorno de Ciro será uma demonstração clara de desconsideração com o partido e, principalmente, com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
O jornal O Globo publicou que interlocutores de Temer ressaltaram que ter Ciro na Esplanada dos Ministérios causaria desconforto ao partido depois das críticas que ele fez ao vice-presidente.
O PMDB ainda não digeriu as acusações feitas por Ciro Gomes no período da campanha presidencial. O ex-ministro chegara a afirmar que o partido era um “ajuntamento de assaltantes” e que “Michel Temer era chefe dessa turma”.
Ciro também dissera, na ocasião, que “quem manda no PMDB não tem o menor escrúpulo: nem ético, nem republicano, nem compromisso público, nada!”.