Foto: Reprodução / Rádio Povo
Após ser preso pela Polícia Federal (PF) e, em consequência,
perder seu cargo como diretor-geral da Defesa Civil de Salvador
(Codesal), o advogado Gustavo Ferraz (PMDB-BA) afirmou à PF que quer
colaborar com as investigações. Com um segundo depoimento mais
detalhado, ele afirmou que se sentiu “traído” pelo ex-ministro Geddel
Vieira Lima (PMDB). Isso porque, segundo informações d’O Globo, Ferraz
afirmou que, embora tenha ido até São Paulo buscar uma mala com notas de
R$ 100 nas mãos de um emissário do deputado cassado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), seu grupo político não seria beneficiado com o montante. De
acordo com o que foi relatado pelo advogado, Geddel lhe afirmou que o
dinheiro serviria para abastecer campanhas do PMDB. A viagem a que
Ferraz se refere aconteceu em 2012, período em que Geddel ocupava o
cargo de Vice-Presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal
(CEF) (veja aqui).
Em meio à Operação Cui Bono? – que apura ilegalidades na liberação de
créditos do banco –, a PF encontrou mensagens entre Cunha e o
ex-ministro, organizando o repasse do dinheiro. As investigações tiveram
como desdobramento a Operação Tesouro Perdido, que então identificou o
bunker de R$ 51 milhões em um apartamento da capital baiana. A quantia,
ligada a Geddel, estava distribuída em malas e caixas, onde foram
encontradas as digitais do próprio ex-ministro e também de Ferraz.