Mas, nos bastidores, há temor de dano a capital político em hora difícil
Blog do Kennedy
O
governo espera que a repercussão negativa do aumento de imposto sobre
combustíveis já tenha diminuído até a semana que vem, a fim de não
contaminar a tentativa de barrar na Câmara a autorização para o Supremo
Tribunal Federal analisar a denúncia do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer.
O
presidente avaliou que precisava sinalizar compromisso com a equipe
econômica e meta fiscal, sob pena de perder mais apoio do mercado
financeiro e sofrer críticas ainda mais duras do empresariado. Temer
acha isso mais importante para barrar a denúncia do que o desgaste
popular com a pancada no preço dos combustíveis.
Mas há preocupação com o dano que essa medida pode causar ao capital político do governo numa hora difícil.
Apesar
do apelo do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para o Congresso
aprovar a reforma da Previdência, é baixa a chance de o atual projeto
seguir adiante.
Nos
bastidores, o governo já admite tentar aprovar apenas a idade mínima de
aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres. A
reforma da Previdência dificilmente andará enquanto durar a guerra entre
Temer e Janot na Câmara.
Já
há deputados preocupados com as eleições de 2018 que dizem que essa
reforma deveria ficar a cargo do próximo presidente eleito.