Numa
avenida Paulista com cerca de 120 mil manifestantes o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso contundente na noite desta
quinta-feira, 20, contra a perseguição política que vem sendo vítima e
contra o governo de Michel Temer e sua agenda de reformas.
"Foram
num Banco da Suíça procurar o Lula e acharam o Aécio”, disse Lula, ao
falar sobre a falta de provas contra ele. "O problema deste país não é o
Lula, é o golpe. É o presidente que eles colocaram no lugar da Dilma,
sem que ele tivesse disputado a eleição", discursou Lula.
"Nós
temos que nos preocupar não é com o que está acontecendo comigo. A
gente tem que se preocupar é com o que está acontecendo com o nosso
País, e com o povo brasileiro. Acontecendo com milhões de trabalhadores,
que já perderam o emprego. Com milhares de jovens que não têm
perspectivas de emprego", afirmou o ex-presidente. Este país só vai ser
consertado quando tivermos um governo com credibilidade", afirmou.
Lula
criticou a situação de deriva em que se encontra o País. "Esse país tá
sem autoridade, sem credibilidade. O judiciário já não cumpre sua função
de garantir a constituição. Nós sabemos que o presidente não manda
nada. Que o congresso não governa para o povo desse país. Como não
conseguem me derrotar na política, eles querem me derrotar com processo.
É todo dia um processo, um depoimento", afirmou Lula.
Lula
desafiou os procuradores da operação Lava Jato. "Por favor me
desmoralizem, mostrem uma prova. O que não pode, é pra me perseguir
acabar com a indústria desse país, com a Petrobras, com o emprego",
afirmou.
Lula
voltou a pedir eleições gerais como solução para a crise política do
País. "Se o Temer tivesse um mínimo de compromisso com o povo
brasileiro, ele renunciaria hoje e chamaria eleições diretas em caráter
emergencial", disse o líder petista. (BR 247)