O presidente Michel Temer decidiu que
não vai responder às 82 perguntas elaboradas pela Polícia Federal no
inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção
passiva, obstrução de Justiça e pertencimento a organização criminosa. O
prazo definido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na
Corte, para que o presidente respondesse aos questionamentos encerra
nesta sexta-feira (9). As informações são do site da revista Veja. A
defesa de Temer alega que a PF tentou comprometê-lo ao fazer perguntas
de caráter pessoal.
"Cumpre inicialmente ponderar que,
houvesse Vossa Excelência [Fachin] sido o autor dos questionamentos
feitos por escrito ou em colheita de depoimento oral, teria havido, com
certeza, uma adequada limitação das perguntas ao objeto das
investigações. Indagações de natureza pessoal e opinativa, assim como
outras referentes aos relacionamentos entre terceiras pessoas ou aquelas
que partem de hipóteses ou de suposições e dizem respeito a eventos
futuros e incertos não teriam sido formuladas. No entanto, foram feitas e
demonstram que a autoridade mais do que preocupada em esclarecer a
verdade dos fatos desejou comprometer o Sr. Presidente da República com
questionamentos por si só denotadores da falta de isenção e de
imparcialidade por parte dos investigadores”, afirma o advogado Antonio
Claudio Mariz de Oliveira, no texto enviado à Corte.
A defesa do peemedebista também pediu arquivamento do inquérito no Supremo.