Por Lydia Medeiros
Se chegar ao Planalto na segunda-feira absolvido pelo TSE, Michel Temer começará a semana em condições de governabilidade bem piores do que tem hoje. É alta a chance de perder a companhia do PSDB, que tem quatro ministérios. Apesar das divisões internas que adiaram uma decisão do partido, ficou mais madura ontem a tendência de entregar os cargos ao presidente, mantendo apoio à agenda de reformas no Congresso. O confuso episódio do uso do avião da JBS por Temer pesou para fortalecer esse caminho. O presidente deverá enfrentar ainda denúncias do Ministério Público ao STF acerca do caso JBS. No governo, a ofensiva de Rodrigo Janot é vista como “declaração de guerra em campo aberto”, e Temer mostrou ontem disposição para o confronto. Disse que ficará no cargo até 31 de dezembro de 2018.