sábado, 13 de maio de 2017

Palocci recua e recontrata advogado para delação




O ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda, Antonio Palocci, não desistiu de negociar delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). A delação de Palocci voltou a ser tocada pelo escritório do advogado Adriano Bretas, de Curitiba, especializado em delações premiadas. Bretas se recusa a comentar o tema, por motivos de sigilo. Palocci é acusado de intermediar pagamentos que teriam o PT e o ex-presidente Lula como beneficiários, o que o ex-presidente nega.

Nesta sexta-feira, o petista dispansou o advogado criminalista José Roberto Batochio. A decisão foi anunciada pelo advogado por meio de nota oficial no início da noite. De acordo com o informe, o escritório deixa os casos “em razão de o ex-ministro haver iniciado tratativas para celebração do pacto de delação premiada com a Força Tarefa Lava-jato, espécie de estratégia de defesa que os advogados da referida banca não aceitam em nenhuma das causas sob seus cuidados profissionais”. O advogado deixa a defesa de Palocci em dois processos movidos perante o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, sob o comando do juiz Sérgio Moro.
Em seu primeiro depoimento ao juiz, Palocci sinalizou com a possibilidade de colaborar com as investigações, sugerindo estar disposto a municiar a Lava-Jato com “nomes, endereços e operações realizadas” com sua participação.
A Moro, o petista mencionou a participação de uma “uma importante figura do mercado financeiro” no financiamento de campanhas políticas e informou que os dados a serem trazidos por ele resultariam em “mais um ano de trabalho” da Lava-Jato.
Atualmente Batochio atua na defesa do ex-presidente Lula, associado ao escritório do advogado Roberto Teixeira. Nesta sexta-feira, pessoas próximas a Batochio informaram que ele continua na defesa do ex-presidente.