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Na sessão desta terça-feira, 4, da
Câmara de Vereadores de Petrolina, Sandro Romilton Ferreira e Lúcia
Mota, pais da pequena Beatriz Angélica Mota, de 7 anos – assassinada em
dezembro de 2015 dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, da rede
privada de ensino -, apresentaram um requerimento ao poder legislativo
que solicita a implantação de uma comissão especial de inquérito para
investigar fatos relacionados ao crime.
A ida do casal ao Legislativo Municipal é
fruto de um requerimento do vereador Professor Gilmar Santos (PT). Da
tribuna, Sandro e Lucinha pedem a comissão, visando a investigar
supostos descumprimentos da escola quanto à legislação vigente para a
realização de evento remédio porte, como o que ocorreu na noite de 10
dezembro, dia em que a menina foi morta. E como se deu a concessão de
funcionamento da unidade.
Os pais de Beatriz também tiveram a
informação que a Casa Plínio irá doar R$ 5 mil, com R$ 250,00 de cada um
dos 23 vereadores, para ampliar a recompensa do disque denúncia que já
paga R$ 10 mil, valor estipulado pela polícia pernambucana, para quem
souber alguma pista do assassino.
“Solicitamos a implantação de uma
Comissão Especial de Inquérito para investigar o processo de concessão
de funcionamento do Colégio Maria Auxiliadora, bem como identificar qual
o agente público que autorizou esta concessão e denunciar os fatos que
ocorreram na noite”, explicou Lucinha.
Conforme a mãe, um evento realizado à
noite, enquadrada conforme decreto municipal número 73 e onde não houve
qualquer medida de segurança adotada pelo Colégio e mesmo assim o evento
aconteceu. “Ocorreu essa tragédia em nossas vidas, mas nem o poder
legislativo nem o poder judiciário, Ministério Público, se quer fizeram
qualquer tipo de investigação para apurar esses fatos que são
importantes para a investigação. Por isso solicitamos a investigação na
Casa para encaminhar ao Ministério Público. Precisamos de justiça em
toda as etapas do caso Beatriz”, frisou Lucinha que acredita que todos serão penalizados pelo crime.
Transparência
Lucinha argumenta que o que falta mais é transparência da policia ao divulgar as informações. “Mas
sabemos que nada fica oculto. Com o tempo todos terão conhecimento.
Acho que o sigilo não é mais necessário. E na nossa visão o crime foi
direcionado ao colégio e para mim, é mais um agravante da escola que não
informou sobre a situação”, declarou a mãe de Beatriz “Por favor, ligue se tiver alguma informação.”,
apelou Lucinha. Sandro enfatizou a importância da comissão e ressaltou
como o apoio dos vereadores e essencial e espera ansioso para que seja
encontrado o assassino e quer mais engajamento para que se possa achar o
assassino.
“Sabemos que não é fácil essa
caminhada, confiamos nas investigações e esperamos uma resposta à altura
do parlamento em Petrolina”, frisou Sandro que criticou as coletivas de imprensa ser sempre realizada na capital pernambucana.
“Não concordamos, até porque aqui eu
também poderia fazer uma perguntas. A imprensa aqui pode até ter
possuir elementos por estar presente no caso desde o primeiro momento”, disse Sandro.
Para denunciar o autor do assassino de
Beatriz, os números são: Ouvidoria da SDS – 181; WhatsApp – (87) 9
9911-8104; e Disque-Denúncia (81) 3421-9595/(81) 3719-4545. A
recompensa agora subiu para R$ 15 mil com os valores destinado pela
Câmara de Petrolina.