terça-feira, 4 de abril de 2017

Pais de Beatriz querem comissão de inquérito na Câmara de Petrolina para investigar funcionamento de colégio





Na sessão desta terça-feira, 4, da Câmara de Vereadores de Petrolina, Sandro Romilton Ferreira e Lúcia Mota, pais da pequena Beatriz Angélica Mota, de 7 anos – assassinada em dezembro de 2015 dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, da rede privada de ensino -, apresentaram um requerimento ao poder legislativo que solicita a implantação de uma comissão especial de inquérito para investigar fatos relacionados ao crime.
A ida do casal ao Legislativo Municipal é fruto de um requerimento do vereador Professor Gilmar Santos (PT). Da tribuna, Sandro e Lucinha pedem a comissão, visando a investigar supostos descumprimentos da escola quanto à legislação vigente para a realização de evento remédio porte, como o que ocorreu na noite de 10 dezembro, dia em que a menina foi morta. E como se deu a concessão de funcionamento da unidade.
Os pais de Beatriz também tiveram a informação que a Casa Plínio irá doar R$ 5 mil, com R$ 250,00 de cada um dos 23 vereadores, para ampliar a recompensa do disque denúncia que já paga R$ 10 mil, valor estipulado pela polícia pernambucana, para quem souber alguma pista do assassino.
Solicitamos a implantação de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar o processo de concessão de funcionamento do Colégio Maria Auxiliadora, bem como identificar qual o agente público que autorizou esta concessão e denunciar os fatos que ocorreram na noite”, explicou Lucinha.
Conforme a mãe, um evento realizado à noite, enquadrada conforme decreto municipal número 73 e onde não houve qualquer medida de segurança adotada pelo Colégio e mesmo assim o evento aconteceu. “Ocorreu essa tragédia em nossas vidas, mas nem o poder legislativo nem o poder judiciário, Ministério Público, se quer fizeram qualquer tipo de investigação para apurar esses fatos que são importantes para a investigação. Por isso solicitamos a investigação na Casa para encaminhar ao Ministério Público. Precisamos de justiça em toda as etapas do caso Beatriz”, frisou Lucinha que acredita que todos serão penalizados pelo crime.
Transparência
Lucinha argumenta que o que falta mais é transparência da policia ao divulgar as informações. “Mas sabemos que nada fica oculto. Com o tempo todos terão conhecimento. Acho que o sigilo não é mais necessário. E na nossa visão o crime foi direcionado ao colégio e para mim, é mais um agravante da escola que não informou sobre a situação”, declarou a mãe de Beatriz “Por favor, ligue se tiver alguma informação.”, apelou Lucinha. Sandro enfatizou a importância da comissão e ressaltou como o apoio dos vereadores e essencial e espera ansioso para que seja encontrado o assassino e quer mais engajamento para que se possa achar o assassino.
“Sabemos que não é fácil essa caminhada, confiamos nas investigações e esperamos uma resposta à altura do parlamento em Petrolina”, frisou Sandro  que criticou as coletivas de imprensa ser sempre realizada na capital pernambucana.
“Não concordamos, até porque aqui eu também poderia fazer uma perguntas. A imprensa aqui pode até ter  possuir elementos por estar presente no caso desde o primeiro momento”, disse Sandro.
Para denunciar o autor do assassino de Beatriz, os números são: Ouvidoria da SDS – 181; WhatsApp – (87) 9 9911-8104; e Disque-Denúncia  (81) 3421-9595/(81) 3719-4545. A recompensa agora subiu para R$ 15 mil com os valores destinado pela Câmara de Petrolina.