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Em depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho contou que o ex-ministro
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) era “chorão” ao pedir contribuições da
empresa para campanhas eleitorais.
Ao relatar um suposto caso de pagamento de propina, Melo afirmou que
ele reclamava para receber valores da empresa acima do combinado.
“Ele era um chorão [...] Me perdoe até o termo, ele reclamava. ‘Não é
possível que você não possa fazer nenhum esforço'”, disse o
ex-executivo, reproduzindo conversa com Geddel. “E eu disse: 'Ô senhor
Geddel, o senhor participa da reunião, o senhor vai lá e fala com o
presidente da empresa’”, completou "Quem tem boca fala o que quer. No momento oportuno, meus advogados vão
se pronunciar e mostrar que essas delações são ficção científica",
afirmou Geddel sobre as declarações do delator.
Claudio Melo contou que, em 2008, destinou a Geddel R$ 210 mil de
um contrato da Odebrecht no Piauí para uma obra pública denominada
“Tabuleiros Litorâneos da Parnaíba”. Na época, o baiano era ministro da
Integração Nacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Segundo Cláudio Melo, o dinheiro foi repassado por meio de caixa dois,
de forma não declarada à Justiça, e foi usado em campanhas do PMDB na
Bahia para as eleições municipais daquele ano.
