Na primeira manifestação pública e
presencial sobre o estado de saúde da mulher, Marisa Letícia, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa segunda-feira (30)
a simpatizantes, em São Paulo, que “a pressão e a tensão fazem as
pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou”. A ex-primeira-dama está
internada há uma semana na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do
hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, por conta de um AVC
(acidente vascular cerebral) hemorrágico. O quadro de saúde dela é
considerado grave, mas estável.
“Eu acho que a pressão e a tensão fazem
as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer
eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha
cabeça, como mais uma razão para que a luta continue”, afirmou Lula a
representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens. As informações
são do Instituto Lula, onde ocorreu o encontro, no bairro do Ipiranga
(zona sul de São Paulo).
De acordo com o instituto, cerca de 100
pessoas do movimento, de diferentes Estados, prestaram solidariedade ao
ex-presidente e levaram flores a Marisa Letícia. O grupo estava em São
Paulo para participar do 7º Encontro Nacional do MAB, que reúne
militantes de 19 unidades da federação. Lula recebeu flores e uma carta
escrita pelas mulheres do movimento, além de um tecido bordado
artesanalmente confeccionado por chilenas sobreviventes da ditadura
militar no país vizinho.