Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverá ser interrogado na tarde desta terça-feira (7) pela primeira vez pelo juiz Sergio Moro. O ex-presidente da Câmara é apontado como beneficiário de propina no valor de R$ 5 milhões em um contrato para a compra de um campo de petróleo pela Petrobras, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. "É um interrogatório em que ele não deve permanecer em silêncio. Ele vai responder às questões que serão formuladas. Temos trabalhado cotidianamente o preparo das respostas às acusações que lhe foram imputadas", adiantou o advogado de Cunha, Marlus Arns de Oliveira. A defesa do deputado afirmou que por enquanto não há previsão de delação premiada, já que a questão não foi tratada nem com Cunha, nem com o Ministério Público. O peemedebista está preso preventivamente desde 19 de outubro do ano passado, sob justificativa de que há evidências que Cunha possui contas no exterior que ainda não foram identificadas. Os procuradores alegam ainda que Cunha possui dupla nacionalidade - brasileira e italiana - e poderia fugir do país. Após a prisão, Cunha negou que tenha praticado qualquer conduta ilegal.
