A
homologação das delações premiadas da Odebrecht, que deverá ser feita
pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, até a
terça-feira 31 (saiba mais aqui) tem potencial para derrubar Michel
Temer.
Isso porque, ato contínuo, o ministro
Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, irá pedir que as
delações que atingem Temer (são pelo menos quatro) sejam anexadas no
processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Além disso, já foram identificadas
doações fruto de propina que teriam sido articuladas por Temer e um de
seus principais aliados, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que hoje
está preso em Curitiba.
Uma delas, no valor de R$ 1 milhão, foi
feita pelo grupo Libra para renovar suas concessões portuárias, após um
jantar entre o empresário Gonçalo Torrealba, chefe da empresa, Temer e
Cunha.
Temer irá pedir a separação entre suas
contas e as da presidente deposta Dilma Rousseff, mas o ministro
Benjamin não acatará esta tese e deve propor a cassação da chapa.
Neste cenário, o Brasil poderá ter
eleições indiretas em 2017, com um novo presidente sendo escolhido por
um Congresso com mais de 200 parlamentares investigados, ou diretas,
caso haja um novo pacto político no País.
Os detalhes da ação no TSE estão em reportagem de Daniel Pereira, na revista Veja deste fim de semana. (247)