Cansados de cobrar do governo do estado o
repasse da primeira parcela do 13º Salário e os vencimentos de
novembro, os médicos do Hospital Regional de Juazeiro decidiram iniciar
nesta quinta-feira (15) uma paralisação de protesto. A Sesab havia
prometido pagar as verbas em atraso até quarta-feira (14), mas isto não
foi feito nem qualquer satisfação foi dada.
Considerando-se desrespeitados, os
médicos decidiram atender somente pacientes já internados e os que
chegam dentro da classificação vermelha, ou seja os casos de risco,
trazidos pelo serviço avançado do Samu. O hospital é referência na
região do entorno de Juazeiro, no norte baiano, e tem 74 médicos cuja
última greve durou 22 dias, também por falta de pagamento.
São profissionais que, em boa parte,
estão em situação financeira complicada, tendo que arcar com juros altos
de cartão de crédito, de cheque especial, dentre outros problemas
decorrentes da falta de pagamento por parte da instituição, que depende
dos repasses do governo baiano, inclusive para manter o estoque de
insumos necessários.
Segundo um dos médicos, que preferiu não
se identificar, o acúmulo de faturas não pagas chega a quase R$ 8
milhões, que seriam destinados ao pagamento de pessoal e custeio do
serviço. "A última fatura foi paga em setembro", disse ele.
Administrado pela Associação Proteção à Maternidade e à Infância de
Castro Alves (APMICA), o hospital é procurado por comunidades de 53
municípios da rede PEBA (Pernambuco e Bahia).
Da redação com informações do Sindimed