A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que,
conforme a Lei Disciplinar da Polícia Militar, agentes não podem exercer
outra atividade remunerada, como ser motorista de Uber, por exemplo.
Por isso, o PM que matou três suspeitos após sofrer uma tentativa de
assalto (saiba mais)
na zona leste de São Paulo, no sábado, terá a conduta apurada pela
Corregedoria, por meio de processo disciplinar. Indagado ontem sobre o
caso, o secretário da Segurança, Mágino Alves, afirmou que o policial
militar agiu em "legítima defesa". Ele estava de folga e trabalhava como
motorista do Uber no momento do crime. O caso aconteceu na Rua
Tilburis, em Cidade Líder, por volta das 18 horas. Imagens de câmeras de
segurança mostram um assaltante saindo do carro. Ele veste um capuz e
aborda o policial, sentado no banco do motorista. Na sequência, o PM
reage, desce do carro com a arma na mão e o criminoso sai correndo.
Depois, ele é perseguido e baleado pelo agente. No tumulto, outros dois
suspeitos abrem a porta para tentar sair, mas um deles é baleado e fica
deitado na calçada. O terceiro corre e também é perseguido. Na volta, o
PM chuta a cabeça do rapaz que ficou caído. "Para quem assiste a
gravação fica nítido que ele agiu realmente em legitima defesa", afirma o
secretário Mágino Alves. "Ele estava sendo vítima de um roubo
(praticado) por três elementos. A ação dele se defendendo foi
filmada". O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo Mágino, "um eventual excesso do
policial na ação vai ser apurado dentro do processo", diz.