O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
informou durante reunião com líderes nesta quarta-feira (3) que só
retomará o ritmo normal das comissões permanentes da Casa após o Supremo
Tribunal Federal (STF) julgar os embargos de declaração que ele
protocolou. Os documentos contêm questionamentos sobre o sito do
impeachment de Dilma Rousseff (PT). Segundo a Folha de S. Paulo, Cunha
chegou a cogitar um adiamento do retorno dos trabalhos em Brasília, mas
recuou para não ser acusado de tentar protelar seu processo de cassação.
Durante a reunião com líderes, também foi definido que três Medidas
Provisórias serão colocadas para votação em sessão extraordinária,
aberta no fim do dia. Porém, a oposição já prometeu obstruir o processo,
o que pode estender os trabalhos até a madrugada e inviabilizar a
reunião do Conselho de Ética. O processo de cassação de Cunha já voltou à
estaca zero depois do vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA),
acatar um requerimento no qual o aliado de Cunha, deputado Carlos Marun
(PMDB-MS), pede a anulação da sessão que aprovou o relatório de Marcos
Rogério (PDT-RO).