O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI) defendeu que a
CPMF, cuja recriação foi proposta no pacote de ajuste fiscal do
Planalto, seja utilizada para custear a Previdência Social e a saúde, e
deveria ser cobrada duas vezes, mas sem aumento da alíquota. Na
proposição do governo, o porcentual seria de 0,2%, incidindo apenas uma
vez em cada operação financeira. Os recursos seriam destinados à
Previdência. Castro, porém, sugere que o tributo se aplique a crédito e a
débito. “Vou dar um exemplo da minha proposta: João dá um cheque a
Pedro de R$ 1 mil. Neste caso, 0,20% corresponde a R$ 2. Quanto sai da
conta de João? R$ 1.002 [R$ 1 mil para Pedro e R$ 2 para a CPMF]. Então,
o governo arrecada R$ 2. Proponho que os R$ 1 mil não entrem totalmente
na conta de Pedro, mas R$ 998. Sendo que R$ 2 vão para os governos dos
estados e para as prefeituras”, explicou. De acordo com o titular da
pasta, a proposição tem o apoio do seu partido e de todos os outros que
querem “salvar a saúde”. Ele afirmou também que já apresentou a ideia ao
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao novo secretário de governo,
Ricardo Berzoini, e o agora ministro da Educação, Aloizio Mercadante.