Representantes e integrantes de movimentos evangélicos protocolarem
na tarde desta quarta-feira (28) na Secretaria Geral da Mesa Diretora da
Câmara dos Deputados, manifesto pedindo a saída "imediata" do
presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No documento, eles repudiam
as ações de corrupção das quais é acusado o peemedebista, que se
identifica como evangélico, e avaliam que elas tornam a permanência de
Cunha no cargo insustentável. No documento, evangélicos afirmam que a
crise política pela qual o Brasil passa vem se traduzindo em conflitos
institucionais, que precisam ser revistos com uma "profunda reforma
política. "Nesse contexto, as ações do deputado Eduardo Cunha, atual
presidente da Câmara dos Deputados e que se identifica como evangélico,
merecem "repúdio", dizem no documento, assinado por 117 pessoas. Eles
avaliam que, diante das denúncias de corrupção, "não há coerência e base
ética necessária" para Cunha continuar no cargo. Um dos assinantes, o
pastor Welinton Pereira afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em
tempo real da Agência Estado, que o manifesto é uma iniciativa
"apartidária". De acordo com ele, entre os apoiamentos, há, inclusive,
pelo menos 35 assinaturas de evangélicos da Assembleia de Deus, mesma
igreja de Cunha. O pastor destacou que, após o protocolo, foi aberta na
internet uma lista online para colher assinaturas, que já conta com
quase mil apoios. Na lista, pessoas de outras religiões também podem
assinar o pedido de afastamento de Cunha.