Da Folha de S.Paulo – Cátia Seabra
Recém-filiada
ao PMDB, a senadora Marta Suplicy repreendeu publicamente, no ato de
sua filiação de Marta ao partido o líder do partido na Câmara, Leonardo
Picciani, por sua aproximação com a presidente Dilma Rousseff. Em seus
25 minutos de discurso, Marta elogiou peemedebistas, como Romero Jucá
(RR), a quem chamou de "líder nato", Renan Calheiros (AL) e Edison Lobão
(MA).
Ela
encerrou seu discurso afirmando que Temer tem todas as qualidades que o
momento exige: "Temer é um líder, um conciliador, um homem do diálogo,
qualidades pessoais essenciais que este momento exige. Eu me sinto à
vontade, segura, sob tua presidência. Todos nós estamos com você,
Michel".
Sem
falar diretamente num eventual processo do impeachment de Dilma, Marta
fez questão de frisar que ingressa no partido que foi de Uyisses
Guimarães (morto em 1992). Como deputado, Ulysses teve papel fundamental
para o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
RUPTURA NACIONAL
Eduado Cunha
foi além da defesa da ruptura em São Paulo e insistiu no rompimento com
o governo Dilma e candidatura própria à Presidência em 2018: "Chega de
viver a reboque [do PT]. Time que não joga não tem torcida".
Os militantes presentes entoaram o grito de guerra "Marta e Michel para São Paulo e para o Brasil".
Cunha
foi aclamado um dia depois de mais um delator da Operação Lava Jato,
Fernando Soares, o Baiano, ter afirmado que o deputado recebeu propina, o
que Cunha nega. "Não falo mais sobre Lava Jato", disse à Folha.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), também investigado na Lava
Jato, disse que o "Brasil vive a maior crise política e econômica desde
1964".