O
copiloto do Airbus A320 da companhia aérea Germanwings, suspeito de ter
feito o avião despencar nas montanhas no Sudeste da França, recebeu
tratamentos por tendências suicidas no passado, mas não recentemente,
disse nesta segunda-feira (30) a justiça alemã. "O copiloto esteve em
tratamento psicoterapêutico por tendências suicidas há vários anos,
antes de ter obtido a licença de piloto", indicou o procurador de
Dusseldorf, Ralf Herrenruck. Depois disso e "até recentemente, realizou
outras consultas médicas que resultaram em afastamento por doença, mas
sem terem sido atestadas tendências suicidas ou de agressividade para
terceiros", acrescentou o procurador em uma breve declaração escrita,
sem dizer o motivo destas consultas e licenças médicas. O ministério
público de Dusseldorf sublinhou não ter sido encontrada qualquer carta
anunciando o plano de fazer despencar um avião ou reivindicando o
acidente, ocorrido em 24 de março. Nada "no ambiente familiar, pessoal
ou no local de trabalho" permitiu, até aqui, reunir informações sobre
eventuais motivações, acrescentou.