A
presidente Dilma Rousseff comentou nesta segunda-feira (30), de acordo
com a Agência Brasil, as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, sobre sua gestão e disse que o ministro foi “mal interpretado”. Em
palestra a membros do setor financeiro na última semana, Levy disse que
Dilma tem “um desejo genuíno de acertar as coisas, não da maneira mais
efetiva, mas há um desejo genuíno”, de acordo com gravação obtida pelo
jornal Folha de S.Paulo. “Não tem por que criar maiores complicações por
isso, ele [Levy] já explicou isso exaustivamente. Ele ficou bastante
triste com isso e me explicou. Tenho clareza de que ele foi mal
interpretado”, disse a presidenta em entrevista após evento do Programa
Minha Casa, Minha Vida, em Capanema, no Pará. Neste domingo (29), o
ministro contestou a interpretação negativa dada a sua declaração pelo
jornal. Dilma disse que Levy tem trabalhado na negociação das medidas do
ajuste fiscal que dependem de aprovação do Congresso Nacional e
reforçou os argumentos do governo em defesa dos cortes de gastos.
Segundo a presidenta, o país depende do ajuste para voltar a crescer.
“Você tem que adequar a política econômica e toda a sua ação às mudanças
da realidade, estamos fazendo isso. Tenho certeza [de] que o Brasil
volta a crescer se a gente fizer essa movimentação”, avaliou. Dilma
voltou a dizer que o governo absorveu os impactos da crise nos últimos
anos e que agora é preciso reduzir os subsídios para garantir o
equilíbrio das contas. “Nós fomos até onde pudemos, absorvendo no
Orçamento Geral do país todos os efeitos da crise: desoneramos folha,
demos para financiamento de investimento juros de 2%, enfim, fizemos uma
porção de desonerações. O que estamos fazendo agora? Estamos
reajustando desonerações que fizemos”, acrescentou.