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O
anúncio da renúncia de Graça Foster da presidência da Petrobras ganhou
destaque na imprensa internacional nesta terça-feira. Jornais como o
“New York Times”, “Clarín” e “Le Monde” publicaram reportagens sobre o
ocorrido em suas versões na internet.
Publicações
especializadas em economia, como a “Bloomberg” e o jornal “Financial
Times”, dedicaram espaços na primeira página de seus sites. Segundo
analistas ouvidos pela televisão norte-americana Bloomberg,
a saída de Foster é uma tentativa do governo de “consertar a gestão” da
petroleira e atrair mais investimentos do mercado. O nome que a
substituirá, no entanto, ainda não foi revelado.
—
Pode ser difícil encontrar executivos que estão dispostos a juntar-se à
gestão de acordo com as condições atuais e com todos esses problemas —
disse o economista Alexandre Povoa, CEO da Canepa Asset Management, à
“Bloomberg”.
O periódico espanhol “El País“
destaca que as perdas estimadas em R$ 88 bilhões sobre o valor contábil
de 31 ativos da companhia pesou negativamente na destituição de Foster.
Para o diário hispânico, “além de principal gestora de uma gigantesca
empresa surrupiada”, Foster também era “um escudo político da
presidente”.
O
jornal também lembra que a crise da Petrobras não é o único problema
que afeta a Presidência da República. O espanhol menciona o baixo
crescimento do PIB brasileiro em 2014, a falta d’água em diversas
regiões do Brasil e o consequente aumento da tarifa de energia
elétrica.