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O
PT celebra seu aniversário nesta sexta (6) com uma festa em Belo
Horizonte. O noticiário sobre o partido deveria envergonhar os
militantes que participaram de sua fundação há 35 anos, no auditório de
um colégio de freiras.
Não
há outra reação aceitável diante das novas revelações que vinculam a
legenda à roubalheira na Petrobras. Em depoimento à Polícia Federal, o
ex-gerente Pedro Barusco afirmou que as propinas destinadas ao PT foram
de até US$ 200 milhões. Ele disse que os desvios ocorreram de 2003 a
2011, do início do governo Lula ao início do governo Dilma.
As
afirmações do delator são reforçadas por documentos apreendidos pela
PF. Em uma planilha que registra a partilha do dinheiro, o PT aparece
como destinatário de comissões em nada menos que 71 contratos. A lista
inclui obras bilionárias como as construções da refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.
O
protagonista desse enredo é o tesoureiro do PT, João Vaccari. Com
Barusco, já são três os integrantes da quadrilha que o apontam como o
responsável por recolher propina para a sigla. O tesoureiro nega tudo,
mas o que ele diz não condiz com o que faz.
Após
prestar depoimento à PF, na manhã desta quinta (5), Vaccari afirmou em
nota que "há muito ansiava pela oportunidade de prestar os
esclarecimentos que nesta data foram apresentados à Polícia Federal".
Poucas
horas antes, agentes da PF haviam tocado sua campainha na zona sul de
São Paulo. Embora os visitantes tivessem em mãos um mandado judicial, o
petista se recusou a abrir a porta. Os policiais tiveram que pular o
muro da casa para conduzi-lo à força até a delegacia.
Na
mesma nota, Vaccari declarou piamente que o PT "não tem caixa dois nem
conta no exterior", "não recebe doações em dinheiro e somente recebe
contribuições legais". Com o histórico recente do partido, não
conseguirá convencer nem as freiras do Colégio Sion.