
Para quem conhece parte do rio São
Francisco e passa certo tempo sem singrar as suas águas ou visitar as
suas ilhas, com a seca dos últimos anos e a baixa do nível de água no
curso do “Velho Chico” a impressão inicial é de um grande susto: sinais
de incredulidade que o antigo poderoso “rio da integração nacional” ou
da “unidade nacional” esteja passando por tamanha crise.
Foi o que aconteceu com um grupo de amigos
(o cantor e compositor Paulo César Oliveira e esposa, o empresário de
Goiânia Heber, esposa e filhas, o radialista Geraldo José e a esposa
Cida Miranda) que no último sábado atendeu ao convite do radialista e
compositor Wilson Duarte e da esposa Eliana para uma visita ao seu
espaço de lazer na ilha.
Esta situação ainda não afetou diretamente
a economia, especialmente do povoado do Rodeadouro, cujos habitantes
vivem da travessia e do comércio na ilha. A primeira dificuldade
constatada foi na travessia com os condutores da barca tendo maior
preocupação pelo número de pedras e bancos de areia que surgiram com a
redução no volume de água.
A outra foi da barca para atracar no
ancoradouro da ilha exatamente pelo surgimento de uma praia enorme entre
o povoado e o famoso ponto turístico da região.
Para o radialista Wilson Duarte que tem no
rio a sua veia de inspiração “É triste observar esta morte agonizante
do rio São Francisco. Por isso que em três ou quatro canções em
parcerias com outros músicos como Paulo César, Nilton Freitas, Wilson
Freitas temos chamado à atenção das entidades governamentais e não
governamentais. O rio está morrendo” alertou mais uma vez o poeta.