PF encontrou depósitos de R$ 50 mil para ex-presidente na Lava Jato
Em maio, senador negou em discurso no Congresso conhecer ou manter relação com o doleiro Youssef
Em maio, senador negou em discurso no Congresso conhecer ou manter relação com o doleiro Youssef
A
Procuradoria-Geral da República deve denunciar o ex-presidente da
República e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) no início de
fevereiro, quando pedidos de investigações contra políticos envolvidos
na Operação Lava Jato serão enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a Folha
apurou, autoridades responsáveis pelo caso consideram já haver
''elementos suficientes'' para denunciar o senador, sem a necessidade de
se colher novas provas por meio de um inquérito, o que está sendo
chamado de ''denúncia direta''.
Em 2014, policiais
federais encontraram no escritório do doleiro Alberto Youssef, em São
Paulo, oito comprovantes de depósitos para o senador, que somam R$ 50
mil. Todos os depósitos foram feitos em dinheiro vivo nos dias 2 e 3 de
maio de 2013.
Logo que as
acusações vieram a público, em maio de 2014, Collor subiu à tribuna do
Senado para se defender. Sem explicar a origem de comprovantes dos
depósitos de R$ 50 mil em sua conta, ele negou conhecer ou manter
'relacionamento pessoal ou político' com o doleiro. Disse
ser vítima de uma campanha difamatória da mídia, que não se 'conforma'
em vê-lo inocentado das acusações que levaram a seu impeachment, em
1992.