Um
grande advogado, sem dúvida; Márcio Thomaz Bastos teve a coragem de
defender pessoas demonizadas por boa parte do público e de oferecer-lhes
o melhor de seu talento (bem pago - mas um grande advogado, como um
grande administrador, como um grande astro, merece o que ganha). E teve a
coragem, na ditadura, de dirigir a seção paulista da OAB, que se opunha
ao presidente da República, general Figueiredo; de participar
ativamente do Movimento Diretas-Já; de ser um dos redatores, em nome da
OAB nacional, do pedido de impeachment do presidente Collor.
Foi um dos
fundadores do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, que combate
excessos dos acusadores e procura garantir aos réus aquilo que é
previsto em lei. Numa crise que poderia ter-se agravado, conseguiu
evitar que Lula expulsasse do país o jornalista americano Larry Rohter,
do The New York Times, por ter dito qual o tipo de líquido o presidente preferia consumir. (Carlos Brickmann)