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Decididamente,
a presidente Dilma atravessa uma fase de mau agouro. Esta verdade foi
observa na sessão da noite desta segunda-feira (24) da Comissão
Orçamentária do Congresso para aprovar a maracutaia de se fechar as
contas do governo em azul, e não no vermelho como estão, com os
governistas silenciosos e os oposicionistas batendo na presidente como
antes nunca se havia visto. O senador eleito Ronaldo Caiado, da
oposição, por exemplo, reverberou que houve, em setembro, um rombo no
Tesouro Nacional de R$ 20 bilhões, que foram utilizados na campanha
eleitoral. “O Tesouro se transformou em cabo eleitoral de Dilma”. O
vice-líder Nilson Leitão, do PSDB, preferiu fazer um apelo aos
apoiadores da presidente: “Tomem cuidado com Dilma. Cuidem dela porque
ela está completamente desgovernada”. Outro deputado disse que “ela
mudou a lei para que ela se ajustasse ao desgoverno da República”.
Enquanto isso acontecia, em sequência durante aproximadamente quatro
horas, os governistas, sem saída diante da realidade, não contestaram.
Permaneceram silenciosos porque queriam rapidez na aprovação da mudança
da lei Orçamentária na Comissão de Orçamento do Congresso. Para os
oposicionistas, “há um clima de desgoverno e a presidente Dilma já não
pode caminhar nas ruas”. O certo é que a matéria foi aprovada. A prova
de fogo será nesta terça. O presidente do Senado, Renan Calheiros,
marcou uma sessão conjunta da Câmara e do Senado. Presume-se que será de
pau puro e não se tem a menor certeza de que a mudança pedida por Dilma
seja aprovada para adequar o seu governo a partir do buraco que há nas
contas. Espera-se uma sessão complicada e uma medição de forças entre a
oposição e os governistas que, mesmo eles, entendem que a mudança
desejada não está de acordo e muitos resmungam. É casuística. Serve
apenas para salvar a presidente da situação calamitosa em que as contas
públicas do seu governo se encontram.