A palavra de ordem no governo é peitar Eduardo Cunha, o ousado.
Mas
para acarinhar a bancada do PMDB na Câmara vai tratar de cuidar das
vontades de Henrique Eduardo Alves. É uma estratégia arriscada. Afinal,
Alves costuma comer na mão de Cunha.
A propósito, caberá a Aloizio Mercadante cuidar deste abacaxi.
Enquanto
enfrenta Eduardo Cunha na reforma ministerial, o governo Dilma mostra
fraqueza em ouro front – a Câmara, justamente onde se enfileira o
exército de Cunha.
De
acordo com um levantamento feito pela consultoria Arko Advice, em
fevereiro o apoio aos projetos de interesse do governo atingiu 22%, o
pior resultado desde que Dilma subiu a rampa do Planalto. (É uma
escalada: dezembro já havia sido o pior mês do governo Dilma neste
quesito)
O
governo foi derrotado nas três votações nominais que ocorreram em
fevereiro e nas quais as lideranças governistas se posicionaram
formalmente. Dos partidos da base, o PMDB é, naturalmente, o menos fiel a
Dilma.