Em
entrevista ao programa Ponte FM, a professora da Universidade Federal
do Vale do São Francisco (UNIVASF), Amanda Figueiroa, disse que as
informações de que seu ex-namorado, Teócrito Amorim, sairia esta semana
da unidade prisional foram apenas especulações. O juiz negou o pedido de
liberdade provisória em que os advogados do agressor alegavam que ele
tinha problemas psiquiátricos.
De
acordo com o artigo 21 da Lei Maria Penha (Lei 11340/06), "a ofendida
deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem
prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público".
Amanda disse não ter recebido ainda nenhuma informação sobre a saída de
seu ex-companheiro.
Mesmo
sabendo que o agressor não deve sair da cadeia por agora, Amanda diz
ainda temer o que possa lhe acontecer. "Temos medo do que possa
acontecer", disse. A professora falou ainda sobre sua possível
transferência para lecionar em outra localidade. "O posicionamento não é
particularmente meu e sim de minha família. Ela não está tranquila em
me deixar sozinha. Recomeçar em outro cenário vai ser mais fácil do que
retomar de onde eu parei", afirmou.
Amanda
disse que conversou com a ex-companheira e mãe dos filhos do agressor e
que esta teria afirmado o comportamento violento de Teócrito. "Ela me
disse que o comportamento dele com ela era semelhante do que ele fazia
comigo. Ela me disse que ele só a batia na cabeça, do mesmo jeito que
ela fazia comigo".
Ontem
(14), a professora recebeu a representante da Secretaria da Mulher de
Pernambuco, Flávia Lopes. Juntas, elas conversaram com a delegada da
Mulher, Raquel Rabelo, e com o juiz que acompanha o caso, Cícero
Everaldo. A expectativa é de que a primeira audiência aconteça no mês de
março e o julgamento seja realizado ainda no primeiro semestre deste
ano.