sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Professora afirma que as informações de que seu ex-namorado sairia esta semana da unidade prisional foram apenas especulações

Em entrevista ao programa Ponte FM, a professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Amanda Figueiroa, disse que as informações de que seu ex-namorado, Teócrito Amorim, sairia esta semana da unidade prisional foram apenas especulações. O juiz negou o pedido de liberdade provisória em que os advogados do agressor alegavam que ele tinha problemas psiquiátricos.
De acordo com o artigo 21 da Lei Maria Penha (Lei 11340/06), "a ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público". Amanda disse não ter recebido ainda nenhuma informação sobre a saída de seu ex-companheiro.
Mesmo sabendo que o agressor não deve sair da cadeia por agora, Amanda diz ainda temer o que possa lhe acontecer. "Temos medo do que possa acontecer", disse. A professora falou ainda sobre sua possível transferência para lecionar em outra localidade. "O posicionamento não é particularmente meu e sim de minha família. Ela não está tranquila em me deixar sozinha. Recomeçar em outro cenário vai ser mais fácil do que retomar de onde eu parei", afirmou.
Amanda disse que conversou com a ex-companheira e mãe dos filhos do agressor e que esta teria afirmado o comportamento violento de Teócrito. "Ela me disse que o comportamento dele com ela era semelhante do que ele fazia comigo. Ela me disse que ele só a batia na cabeça, do mesmo jeito que ela fazia comigo".
Ontem (14), a professora recebeu a representante da Secretaria da Mulher de Pernambuco, Flávia Lopes. Juntas, elas conversaram com a delegada da Mulher, Raquel Rabelo, e com o juiz que acompanha o caso, Cícero Everaldo. A expectativa é de que a primeira audiência aconteça no mês de março e o julgamento seja realizado ainda no primeiro semestre deste ano.