quinta-feira, 19 de abril de 2012

Contas da Assembleia Legislativa da Bahia não são julgadas pelo TCE há cinco anos


Há cinco anos as contas da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) não são julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). São mais de R$ 300 milhões gastos todos os anos, sem nenhum controle externo. O valor do orçamento da Assembleia previsto para 2012 é de R$ 351 milhões.
Entre os gastos de cada deputado está a verba de gabinete, de R$ 60 mil por mês para contratação de funcionários. Essa verba foi alvo de uma denúncia contra o deputado Roberto Carlos. No início de abril, durante uma operação da Polícia Federal, ele foi acusado de contratar oito funcionários fantasmas para o gabinete. O deputado, que ainda não prestou depoimento sobre o caso, evita falar sobre o assunto.
Segundo o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, verbas de gabinete são de responsabilidade de cada deputado, mas o orçamento total da casa deve ser analisado e julgado pelo TCE. “É responsabilidade do Tribunal de Contas do Estado. Eles têm acesso a todas as áreas e, a partir desse acesso, dessas informações, desses documentos, eles fazem o relatório”, afirmou.
O presidente do TCE-BA, conselheiro Zilton Rocha, ratifica o longo período sem o julgamento das contas da Alba. Ele disse que a responsalbilidade é de cada relator. “Cada ano que foi prestado conta aqui (no TCE), foi sorteado um relator e as contas estão na mão do relator. Só o relator pode dizer em que estágio se encontram, nesse instante, os processos de prestação de contas… Não existe a possibilidade de se falar em poder de impor”, disse.( Com informações do G1-BA)