Andre Dusek/AE-14/12/2011
Jader toma posse após batalha jurídica no STF
A antecipação da cerimônia permitirá a Jader receber duas ajudas de custo de R$ 26,7 mil, o salário de janeiro, quando o Congresso estará em recesso, e um valor proporcional a quatro dias de dezembro.
Na terça-feira, 27, a senadora Marinor Brito (PSOL), que assumiu o mandato no lugar de Jader, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para se manter no cargo e impedir a reunião extraordinária, alegando que a medida não poderia ser tomada durante o recesso. O tribunal, porém, negou a liminar na noite de terça.
O desejo do peemedebista é uma posse discreta. Ele não pretende fazer discursos nem chamou aliados regionais para o evento.
"Eu não gostaria que os companheiros do PMDB que reservaram este final de ano para estarem com suas famílias viessem para Brasília apenas para participar de uma formalidade", disse Jader ao Estado. "Não vai ter discurso, não vai ter nada. Minha rentrée no Senado será em fevereiro, da tribuna."
Apesar disso, o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), o líder Renan Calheiros (AL) e outros caciques são esperados. Antes da posse, a Mesa ainda terá de decidir oficialmente que vai acatar a decisão do Supremo a favor de Jader.
Segundo mais votado no Pará na eleição para o Senado em 2010, Jader foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e seus votos foram considerados nulos. Em 2001, ele renunciou ao mandato para não ser cassado como um dos suspeitos de desviar recursos do Banco do Pará (Banpará), na época em que era governador do Estado.