Em participação no programa do radialista Waltermário Pimentel,da Rádio Cidade, na tarde dessa sexta-feira(23), o ex-ministro e atual vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima respondeu, parcialmente, à pergunta sobre a crise na qual o PT e o PMDB envolveram a instituição.
Geddel admitiu que o servidor público estadual é usado como moeda de troca, quando o governo do estado se encontra em dificuldades financeiras, corre a uma instituição bancária e “vende a folha de pagamento dos servidores”.
O vice-presidente da Caixa lembrou que a mudança da folha do Bradesco para o Banco do Brasil e, agora, deste para a Caixa teve e tem a mesma razão.
“Jaques Wagner está fazendo fazendo joguete com os servidores”, afirmou Geddel.
A crise entre PT e PMDB na gestão da Caixa Econômica Federal se agravou com a denúncia de que transações com papéis da dívida pública podem causar um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Os pemedebistas afirmam que o PT é majoritário na direção da Caixa. Não depende do partido para tomar decisões e tem se aproveitado da situação para fustigar e minar o PMDB na direção da Caixa.
Exemplo citado: recentemente, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, acertou diretamente com o governador da Bahia, Jaques Wagner, a administração da folha de pagamentos do governo estadual, sem ao menos se dar ao trabalho de ouvir o responsável da área, Geddel Vieira Lima, vice-presidente de Pessoa Jurídica, adversário do governador, que é do PT.
No último dia 19/12, a Caixa Econômica Federal acusou as empresas que negociaram papéis do governo desvalorizados de agir de forma estranha, em operações atípicas.
“É como se alguém que ganha um salário mínimo encontrasse um milhão em sua conta e utilizasse o recurso indevidamente”, diz o banco, em nota oficial