Esperada, a decisão do Supremo que fez de Aécio Neves (PSDB-MG) réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça reforçou o entendimento de ala expressiva do tucanato de que ele deveria abdicar de concorrer às eleições. Dirigentes da sigla dizem que o novo revés não só liquida as chances de vitória na disputa por um cargo no Senado como também impõe ao mineiro um cálculo pragmático: é melhor enfrentar a acusação no STF, sob os holofotes, ou na primeira instância?
A informação é de Daniela Lima, na sua coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta quarta-feira. Revela ainda a colunista que o próprio Aécio vinha dizendo a pessoas próximas que considerava a hipótese de não concorrer a cargo eletivo. Ele pretende usar todo o tempo que tiver à disposição para tomar a decisão. Seu maior medo é o de deixar a vida pública em um momento de tamanho desgaste. Diz mais ainda a colunista da Folha:
A repercussão do escândalo que se abateu sobre o senador não preocupa apenas a direção nacional do PSDB, mas também os articuladores da campanha de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas.
Os principais aliados de Aécio ainda relativizam. Dizem que a decisão do STF estava precificada e que a população, de maneira geral, vê investigado e denunciado como farinha do mesmo saco, sem distinção.