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O PSB convenceu o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa a se lançar pré-candidato à Presidência até 15 de maio. O principal argumento foi o de que, a partir desta data, pré-candidatos poderão arrecadar dinheiro para a campanha por meio de financiamento coletivo ("crowdfunding"), chamado de "vaquinha virtual". Barbosa se filiou ao PSB em 6 de abril, mas, embora sua pré-candidatura seja dada como certa nos bastidores, ele resistia a oficializá-la para evitar ataques. Segundo interlocutores no PSB, o ex-ministro queria esperar esfriarem discussões de temas polêmicos para não ter de se pronunciar sobre, por exemplo, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, que o indicou para o STF em 2002. "Conseguimos convencê-lo de que tem de ser antes do dia 15. Acredito que vai ser entre a última semana de abril e a primeira de maio", afirmou o líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG), um dos principais envolvidos na negociação com o ex-ministro. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovadas em dezembro estabelecem que partidos poderão arrecadar via crowdfunding antes da campanha. As doações de pessoas físicas poderão ser feitas por meio de cartão de crédito, cheque, boleto ou transferência bancária. Os recursos, porém, só poderão ser utilizados após o registro da candidatura. Caso o pré-candidato desista da disputa, o dinheiro tem de ser devolvido. Líderes do PSB já têm conversas adiantadas com o publicitário Roberto Meira, que criou uma companhia focada em crowdfunding para campanhas. "Por apelo popular, sem dúvida Joaquim Barbosa e (Jair) Bolsonaro são os que mais têm potencial de arrecadação", afirmou. No PSB, a expectativa é arrecadar montante próximo do teto de gastos para candidatos ao Planalto, fixado pelo TSE em R$ 70 milhões para o primeiro turno. Embora tenha condições, Barbosa não deverá se autofinanciar. Para o PSB, seria uma contradição, uma vez que o partido é autor de Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF que questiona a possibilidade de candidatos financiarem integralmente suas campanhas. Para a legenda, a regra viola a igualdade de chances na disputa. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto decidiu promover novo encontro entre Barbosa e Marina Silva (Rede) para tentar viabilizar uma chapa entre os dois (leia aqui)