Depois da prisão, pode ter crescido o nº de pessoas que só votariam num candidato que contasse com o apoio do ex-presidente.
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Por Reinaldo Azevedo
A maior evidência de que a queda das intenções de voto em Lula no primeiro turno deriva apenas do realismo do eleitor, não de um aumento da rejeição a seu nome, está no potencial de transferência de voto. Em janeiro, diziam votar com certeza em um candidato indicado por Lula 27% dos entrevistados; agora, são 30%; poderiam fazer essa opção antes da prisão, 17%; agora, são 16%. O crescimento está na margem de erro, mas, dados elementos outros que a ele se soma, ele é bastante provável. Eram 53% o que diziam não votar num nome indicado por Lula; agora, são 52%.
Quando outros nomes de petistas substituem Lula, seu desempenho é muito fraco. Mas cumpre notar que, até agora, ele ainda não tem o seu ungido. Se o eleitorado fizer o que diz que vai ou pode fazer, aquele que contar com a anuência de Lula disputará o segundo turno.