O assassinato da vereadora Marielle Franco levou
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a reforçar as críticas
que tem feito ao governo Michel Temer (MDB) desde o início da intervenção na segurança pública
do Rio. Em conversas com aliados, o deputado apontou o crime como
resultado da falta de planejamento da operação e voltou a criticar a
maneira açodada como ela foi deflagrada pelo presidente. Para Maia,
Temer agiu por razões políticas, não militares.
Numa
avaliação mais pessimista, Maia e os aliados cogitaram a possibilidade
de que o assassinato tenha sido uma ação deliberada de milícias
associadas à banda podre da polícia para atingir o governo e lançar dúvidas sobre a intervenção.
Maia quer que a Câmara acompanhe as investigações do crime e
seja rigorosa na cobrança de punições. Hostilizado na sessão solene
convocada em homenagem à vereadora carioca nesta quinta (15), o deputado
autorizou a criação de uma comissão a pedido do PSOL. (Folha Painel)