A Operação Skala, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (29) e que levou à prisão aliados e pessoas próximas de Michel Temer – tem como um de seus alvos a reforma de um imóvel de Maristela Temer, filha do presidente, no âmbito do Inquérito dos Portos, que apura se Temer recebeu propinas por meio da edição de um decreto que beneficiou empresas do setor portuário.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou a oitiva da arquiteta Maria Rita Fratezi, esposa do coronel João Baptista Lima Filho, amigo íntimo de Temer e que foi preso nesta quinta-feira.
Maria Rita é sócia do marido na empresa PDA Projeção e Direção Arquitetônica LTDA, responsável, segundo despacho do ministro do STF, pela "reforma de alto custo em imóvel da senhora Maristela Temer, filha do Excelentíssimo Senhor Presidente da República".
O coronel Lima é suspeito de ser uma espécie de contador informal dos negócios de Temer e também d atuar como laranja do emedebista. Ele já havia sido chamado para prestar depoimento, mas não compareceu às audiências alegando motivos de saúde. Barroso também autorizou a ouvida do contador da Argeplan, uma das empresa ligadas a Lima, Almir Martins, para "esclarecer a real capacidade operacional da empresa, bem como se de fato prestou ou ainda presta serviços para empresas concessionárias de terminais portuários".
Na decisão que resultou na deflagração da Operação Skala, barroso disse, ainda que a Argeplan "tem se capitalizado" por meio de recursos repassados por empresas interessadas na edição do Decreto dos Portos, assinado por Temer no ano passado (BR 247)