Foto: Max Haack / Secom PMS
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), acusou o
governador da Bahia, Rui Costa (PT), de usar a máquina do Estado para
perseguir adversários, ao comentar sobre uma investigação indevida (clique aqui)
da Polícia Civil nas obras da Barra. “A Justiça Federal já decidiu que
qualquer apuração sobre a Barra é de competência federal. É o que está
acontecendo. Existe um inquérito na Polícia Federal. A Polícia Civil não
tem nada ver, não tem competência para tomar qualquer medida a respeito
dessa apuração. Consideramos nulos todos os atos feitos pela Polícia
Civil”, apontou o prefeito, na manhã desta sexta-feira (2), em
entrevista coletiva. O democrata disse que enviou respostas aos
questionamentos da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), mas que
deixou claro que “havia uma investigação na Justiça Federal e que era
descabido a ação feita pelo Estado”. “São atos arbitrários de uma
delegada chamada Ana Carolina que está sob comando do secretário
Maurício Barbosa. Condenamos esses atos nulos. A prefeitura se recusa a
prestar novos esclarecimentos à SSP. Mas fizeram um grande favor:
prestaram um serviço extraordinário. Levaram um diretor da Odebrecht
para depor e, no depoimento, ele isentou a prefeitura, ou qualquer ente
público, sobre qualquer suposta irregularidade que possa ter havido
nesta obra. Só posso agradecer a arbitrariedade cometida pela SSP porque
deu oportunidade de mostrar a isenção e a falta de qualquer
envolvimento por parte da prefeitura nesse caso”, contou. Para Neto, a
Polícia Civil é política, “dirigida para perseguir os adversários do
governador do Estado”. “Mostra também que o governador tem conhecimento
desse fato. Não tenho dúvida que ele sabe que sua policia e seu
secretário estão fazendo. Mostra que o governador usa a maquina do
Estado com finalidade político-partidária”, completou.
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