Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizou a abertura de um inquérito para investigar o ministro
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD),
pelos crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral. A
decisão atende a um pedido da PGR e Moraes será relator do caso. O
social-democrata foi citado na delação firmada pela JBS junto à
Procuradoria-Geral da República no ano passado. Wesley Batista, um dos
sócios do grupo J&F, controlador da JBS, afirmou que pagou propina
para a Yape Consultoria e Debates, uma empresa ligada a Kassab, em
contratos superfaturados para aluguel de caminhões. O valor dos repasses
totalizaria cerca de R$ 30 milhões. De acordo com Wesley, a holding
herdou esse contrato ao comprar o frigorífico Bertin em 2009 – o grupo
resolveu manter os pagamentos por avaliar que Kassab teria influência em
algum momento. Outro delator da JBS, Ricardo Saud, relatou que Kassab
recebeu R$ 7 milhões na campanha de 2014, pagos pelo grupo como parte de
um acordo entre o PT e o PSD. O valor foi pago por meio de notas
fiscais frias de uma empresa pertencente a um irmão de Kassab.