Foto: Pedro França / MinC
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) foi denunciado mais uma
vez pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Este é o 21º processo contra o peemedebista, desta vez apontando crimes
de lavagem de dinheiro cometidos por meio de empresas do Grupo Dirija,
que reúne diversas concessionárias no Rio. Também foram denunciados Ary
Ferreira da Costa Filho e Sérgio Castro de Oliveira, apontados pelo MPF
como operadores de Cabral. A denúncia envolve, ao todo, sete pessoas. De
acordo com O Globo, o MPF já apontou em outros processos a prática do
crime de lavagem por meio de uma rede de empresas "amigas" que
celebravam contratos fictícios com os membros da organização criminosa.
Em uma das ações, a Operação Mascate, o ex-governador foi condenado a 13
anos de prisão. As penas de Cabral em quatro ações já totalizam 87
anos. As concessionárias eram administradas por Jaime Martins, que é
delator, e João Martins. O MPF aponta que houve orientação e anuência de
Cabral nos crimes de lavagem de dinheiros descritos na denúncia. O
advogado de Cabral, Rodrigo Roca, disse que a denúncia recicla material
usado em outros processos. "Sérgio Cabral nunca teve qualquer relação
com as empresas ou com as operações financeiras nela descritas, não
havendo um só indício da sua participação nos fatos investigados",
argumentou o advogado. Cabral está preso no Complexo Médico Penal de
Pinhais, na grande Curitiba.