por Bruno Luiz
Foto: Estela Marques/ Bahia Notícias
O deputado estadual Soldado Prisco (PPS) foi denunciado
pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo crime de falsidade
ideológica por irregularidades praticadas na época em que comandava a
Associação de Policiais Militares, Bombeiros e Familiares do Estado da
Bahia (Aspra). Também foram denunciados pela mesma acusação Fábio da
Silva Brito e Paulo Henrique Pereira de Souza, que ocupavam funções na
Aspra. A denúncia foi protocolada pelo órgão junto ao Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA) no último dia 2 de janeiro, mas só veio a
público após uma publicação no Diário Oficial da Justiça nesta
terça-feira (9). Nela, a juíza plantonista Nartir Dantas Weber nega um
pedido do MP-BA para autorizar uma operação de busca e apreensão no
gabinete do deputado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), além de
outros endereços, como forma de colher demais provas sobre os crimes de
peculato equiparado, lavagem de dinheiro e associação criminosa,
possivelmente cometidos pelo parlamentar. Os indícios podem gerar uma
nova denúncia contra Prisco. Ao negar a autorização, a magistrada
argumentou que aquele tipo de pedido não poderia ser apreciado no
Plantão Judiciário de 2º Grau, já que o expediente regular será retomado
na próxima segunda-feira (15). As investigações contra o parlamentar e
as outras duas pessoas foram motivadas por uma notícia-crime apresentada
pelo sub-tenente da PM Evaldo Silva Santos. Além da operação, o MP
também pediu a interceptação de dados telefônicos do deputado. Esse
requerimento, no entanto, não chegou a ser analisado pela juíza. Para o
órgão, as medidas são “imprescindíveis à colheita de provas para o
oferecimento de nova denúncia”.